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Tecendo a vida

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Avatar, a Grande Mãe e o paraíso perdido


Vou me embora para Pandora, lá sou amiga dos Na'vi !
Pandora, a deslumbrante lua em 3D, do filme Avatar é a nova Pasárgada !
Tenho acompanhado alguns debates sobre a chamada Avatar blues  e creio que Jung _sempre ele_ pode ajudar na compreensão deste fenômeno.

O filme _ uma boa história de aventuras que dialoga com vários ícones da telona, como O Senhor dos Anéis, Guerra nas Estrelas e Apocalipse Now_ intencionalmente ou não, está apoiado no arquétipo da Grande Mãe. Pandora, a lua de exuberante natureza, pode ser considerada o avatar da hipótese Gaia. Os habitantes de Pandora vivem em estado de participação mística, cuja imagem arquetípica é a grande rede na'vi formada durante os ritos da deusa . Sim, em Pandora, o sagrado se manifesta através do feminino; a grande sacerdotisa, no ápice do rito, entra em transe junto ás raízes da árvore sagrada...

Temos, então, imagens arquetípicas pouco vistas na Hollywood dos cowboys que dão cem tiros de uma vez; imagens que tocam nossa vivência ancestral de culto às deusas e de maior comunhão com a natureza... Tudo aquilo negado pelo Deus Mercado na Conferência de Copenhage está, no filme, apresentado com requinte visual inédito (veja o filme em 3D).

Avatar apresenta as contradições desta primeira década do século XXI, as imagens de nosso desejado Paraíso foram feitas com tecnologia de última geração, custaram  o maior orçamento cinematogáfico que se tem notíca e, para serem vistas em sua plenitude é preciso pagar um ingresso mais caro. Nossas imagens do Paraíso com certeza virarão games, franquias para mochilas, cadernos, bonecos e o que mais for vendável...

Apesar de tudo, Avatar é deslumbrante. Vale assistir.

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