SOMOS TECELÃS DE MUITAS FACES E CULTURAS, TECENDO HISTÓRIAS ATRAVÉS DOS TEMPOS.

Tecendo a vida

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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Hoje cometi um adultério!



CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL - RJ
EXPOSIÇÃO PICASSO E A MODERNIDADE ESPANHOLA


Hoje cometi um adultério! 
Afogada em leituras obrigatórias, pós-coloniais, pós-modernas e pós-pós, simplesmente me permiti fazer aquilo que a minha avó chamava de "pular a cerca"...Fui ver belezas, fui brincar com meu reflexo no espelho... Por preciosos instantes me permiti rir da adulta que cumpre prazos, que formata sua autoria segundo a ABNT. Por preciosos instantes brinquei de Alice no reino dos espelhos, brinquei de Madrasta da Branca de Neve e brinquei de Narciso. Como adulta, rio... Saí do labirinto de espelhos adulterada em minha adultice de prazos e regras ABNTísticas...
Hoje cometi um adultério...
Foi um gozo! 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

domingo, 21 de setembro de 2014

Cumplicidade


Não sou santa...Reconheço que sou competitiva e gosto de ter meu trabalho reconhecido; contudo, perder de vista a construção coletiva é a maior auto sabotagem que uma mulher pode fazer. Fica a dica!

domingo, 22 de junho de 2014

O bordado e a cidade


The urban fabric // El tejido urbano from pablo de otto on Vimeo.

Ao contrário do senso comum, o bordado, desde a mítica Aracne, tem sido um meio de expressão política _vejam Zuzu Angel e as Abuelas da Praça de Maio. Neste projeto, o bordado é utilizado para pensar, unir e comunicar a cidade e as relações de vizinhança.

domingo, 13 de maio de 2012

13 de maio: um dia de muitas datas.


BLACK POWER - laboratorio Anastácia from Bastïen Viltart on Vimeo.

 "Neste dia 13 de maio, lançamos o Video "Cabelo Expressão de meu Poder", para reforçar a Luta Nacional de Denuncia Contra o Racismo, marcando a grande diferença que existe historicamente de "comemoração" à libertação da escravatura. Homenagem os ancestrais que lutaram pela liberdade de todos O video foi criado pela elenco do Espectáculo de Teatro Forum: Cor do Brasil e multiplicadores do Teatro do Oprimido . uma parceria de Centro de Teatro do Oprimido e Kuringa Berlin" BLACK POWER - laboratorio Anastácia by Bastïen Viltart

sábado, 31 de março de 2012

A canção possível no dia de hoje.



31 de março. Golpe de estado não é revolução. Ditadura não se comemora.
Pelas Zuzus, Iaras e tantas outras mulheres... e pelos homens.
Pela abertura dos arquivos. Que a tortura finalmente tenha um fim.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Desce novamente às redes da vida do teu Povo Negro, Negra Aparecida!




Louvação a Mariama
(Milton Nascimento / pedro Casaldáliga / pedro Tierra)

- Mariama,
Iya, Iya, ô,
Mão do Bom Senhor!

Maria Mulata,
Maria daquela
colônia favela
que foi Nazaré.

Morena formosa,
Mater dolorosa,
Sinhá vitoriosa,
Rosário dos pretos mistérios da Fé.

Mãe do Santo, Santa,
Comadre de tantas,
liberta mulhé.

Pobre do Presépio, Forte do Calvário,
Saravá da Páscoa de Ressurreição,
Roseira e corrente do nosso Rosário,
Fiel Companheira da Libertação.

Por teu Ventre Livre, que é o verdadeiro,
pois nos gera livres no Libertador,
acalanta o Povo que está em cativeiro,
Mucama Senhora e Mãe do Senhor.

Canta sobre o Morro tua Profecia,
que derruba os ricos e os grandes, Maria.

Ergue os submetidos, marca os renegados,
samba na alegria dos pés congregados.

Encoraja os gritos, acende os olhares,
ajunta os escravos em novos Palmares.

Desce novamente às redes da vida
do teu Povo Negro, Negra Aparecida!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Paz !

Peace, Paix, Paz, Pace, Frieden, Vrede, Pax free creative commonsphoto © 2009 D. Sharon Pruitt | more info (via: Wylio)
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Mais uma perspectiva de guerra à vista ! Alegrem-se sócios da indústria bélica ! Chorem mulheres, filhas, mães, filhos, pais... Europeus, libaneses, o mundo inteiro... O que se esperar de um modelo falocêntrico de mundo ?

domingo, 7 de novembro de 2010

Um conto de fadas irlandês




Em um sábado de chuva, nada como um cinema. Assisti e recomendo  o filme Ondine, de Neil Jordan.

Sinopse: Ondine é um conto de fadas moderno que narra a história de Syracuse (Colin Farrell), um pescador cuja vida se transforma quando ele encontra uma mulher linda e misteriosa (Alicja Bachleda) em sua rede de pesca. Sua filha Annie (Alison Barry) passa a acreditar que a mulher é uma criatura mágica, enquanto Syracuse apaixona-se desesperadamente por ela. No entanto, como todos os contos de fadas, a magia e a escuridão caminham lado a lado.Escrito e dirigido pelo premiado Neil Jordan (Valente) e fotografado pelo aclamado Christopher Doyle (Paris, Te Amo) nas belas costas irlandesas.

A criatura é considerada como uma selkie, um ser mitológico em forma de foca que, ao perder ou esconder a pele animal, assume a forma humana. Quem leu Mulheres que correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés, reconhecerá trechos da história Pele de Foca . O imaginário irlandês sobre selkies rendeu, sob a direção de Neil Jordan e com o belo trabalho de Colin Farrell um filme delicado.

sábado, 17 de julho de 2010

Ave Maria, cheia de graça...mas nem ouse tentar ser sacerdotisa.


Em pleno século XXI, essa surpreendente (?) notícia:Vaticano condena, no mesmo documento, a pedofilia, a pornografia... e a ordenação de mulheres.

Leia aqui.

Sem comentários... Apenas indignação !
Viva a Papisa Joana!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Avatar, a Grande Mãe e o paraíso perdido


Vou me embora para Pandora, lá sou amiga dos Na'vi !
Pandora, a deslumbrante lua em 3D, do filme Avatar é a nova Pasárgada !
Tenho acompanhado alguns debates sobre a chamada Avatar blues  e creio que Jung _sempre ele_ pode ajudar na compreensão deste fenômeno.

O filme _ uma boa história de aventuras que dialoga com vários ícones da telona, como O Senhor dos Anéis, Guerra nas Estrelas e Apocalipse Now_ intencionalmente ou não, está apoiado no arquétipo da Grande Mãe. Pandora, a lua de exuberante natureza, pode ser considerada o avatar da hipótese Gaia. Os habitantes de Pandora vivem em estado de participação mística, cuja imagem arquetípica é a grande rede na'vi formada durante os ritos da deusa . Sim, em Pandora, o sagrado se manifesta através do feminino; a grande sacerdotisa, no ápice do rito, entra em transe junto ás raízes da árvore sagrada...

Temos, então, imagens arquetípicas pouco vistas na Hollywood dos cowboys que dão cem tiros de uma vez; imagens que tocam nossa vivência ancestral de culto às deusas e de maior comunhão com a natureza... Tudo aquilo negado pelo Deus Mercado na Conferência de Copenhage está, no filme, apresentado com requinte visual inédito (veja o filme em 3D).

Avatar apresenta as contradições desta primeira década do século XXI, as imagens de nosso desejado Paraíso foram feitas com tecnologia de última geração, custaram  o maior orçamento cinematogáfico que se tem notíca e, para serem vistas em sua plenitude é preciso pagar um ingresso mais caro. Nossas imagens do Paraíso com certeza virarão games, franquias para mochilas, cadernos, bonecos e o que mais for vendável...

Apesar de tudo, Avatar é deslumbrante. Vale assistir.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O fio das missangas



Estou percebendo o infinito em uma gota d'agua, lendo o livro O fio das missangas, do moçambicano Mia Couto. Na livraria, abri o livro ao acaso e me deparei com o conto "A despedideira"; os primeiros dois parágrafos, que reproduzo nesta postagem, me instigaram... Vejam:

"Há mulheres que querem que seu homem seja o Sol. O meu quero-o nuvem. Há mulheres que falam na voz de seu homem. O meu que seja calado e eu, nele, guarde meus silêncios. Para que ele seja a minha voz quando Deus me pedir contas.

No resto, quero que tenha medo e me deixe ser mulher, mesmo que nem sempre sua. Que ele seja homem em breves doses. Que exista em marés, no ciclo das águas e dos ventos. E, vez em quando, seja mulher, tanto quanto eu. As suas mãos as quero firmes quando me despir. Mas ainda mais quero que ele me saiba vestir. Como se eu mesma me vestisse e ele fosse a mão da minha vaidade."

Não sei se quero tal homem. Mas se viesse assim, tão bem escrito... Sei não...

Ah, o Livro: Couto, Mia. O fio das missangas - contos. SP: Companhia das Letras, 2009.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Delíííííííícia !


Creio que a postagem anterior, dissertando 'cientificamente' sobre sapatos e congêneres sinalizava para o desejo de andar descalça e mergulhar os pés na água refrescante. Foi o que fiz, aproveitando o feriado de São Sebastião / Oxóssi, aqui no Rio de Janeiro. Peguei umas poucas 'coisitas' e fui para Visconde de Mauá, uma região de muitos rios, cachoeiras e mata.

Mauá é um Paraíso mas, para que se chegue, é preciso passar pelo Purgatório: a estrada de acesso... Para quem gosta de aventuras _ e eu gosto _ a estrada oferece: abismos sem qualquer cerca de proteção; buracos, para que o ônibus possa dar boas sacolejadas; poeira...

Mas tudo isso vale a pena, pois a Alma em Mauá não é e nem fica pequena !



domingo, 28 de dezembro de 2008

Sobre sapatos e pés...


Estou chegando à chamada meia idade (o que isto significa, na prática, não faço a menor idéia). De concreto: mais fios de cabelo para cobrir com henna; a menstruação que se tornou criativa _ após décadas de regularidade, rebelou-se, e agora vem quando e como quer; um 'corpitcho' à la Bottero, com formas deliciosamente arredondadas.

O desejo de caminhar, contudo, permanece o mesmo... Ouso dizer, até, mais refinado. Urge, então, retomar a questão 'sapatos': qual o par mais adequado à esta etapa de vida? Como foi visto em postagem anterior, os de cristal, nem pensar ! Além de ter fabricação em tamanho único, incompatível com os pés de qualquer mulher, os graciosos se quebrariam na primeira esquina _ ou encruzilhada _ da vida.

Felizmente como contadora de histórias, tenho à disposição todo um repertório de sapatos arquetípicos. Então, vamos a eles:

Sapatinhos Vermelhos: Definitivamente não ! Apesar de gostar da cor, o fato de serem inhos já os exclui como objetos de meu desejo caminhante. Além do mais, embora goste de dançar e, modéstia à parte, seja o que minha avó costumava chamar de pé-de-valsa, o fato dos sapatos dançarem de forma independente da minha vontade torna-os incompatíveis com meu caminhar. Eu escolho a hora de dançar...e de parar.

Bota de sete léguas: Beeemm... Embora baixinha, sou bem mais alta que o Pequeno Polegar. Outra questão se coloca: e se o objetivo do meu caminhar estiver mais próximo? Digamos a apenas légua e meia ? Para que passos de sete léguas? Provavelmente passaria ao largo de todos os pequenos detalhes do caminho.

O que me torna, então, senhoras e senhores, a primeira contadora de histórias a reivindicar como arquetípicas as sandálias havaianas.